Modelo de Hipertensão Arterial Pulmonar Induzida por Monocrotalina: Protocolo Experimental em Ratos

Equipe:

Douglas Mesadri Gewehr, Gabriela Rodrigues Salgueiro, Andressa de Souza Bertoldi, Gabriel Antonio Coltro, Paola Cardoso Preto, Heloísa Iacomo Vieira, Fernando Bermudez Kubrusly, Luiz Fernando Kubrusly (orientador).

Período de Execução:

2016 – 2018

Área de Concentração:

Hipertensão Arterial Pulmonar

Categoria:

Trabalho Científico de Curso

Número Protocolo de Aprovação:

CEUA/FEPAR protocolo n. 3433/2016

Recurso Financeiro:

Bolsa Institucional FEPAR 2016-2017

Resumo/Abstract:

Introdução: A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma situação clínica grave e progressiva, caracterizada por vasoconstrição pulmonar, trombose in situ e remodelamento vascular, podendo levar a Cor pulmonale e morte prematura. Os modelos experimentais de HAP surgiram com o objetivo de melhor compreender a complexidade da doença e aprimorar o manejo terapêutico. O modelo de HAP por monocrotalina (MCT), um dos mais reproduzidos atualmente, é capaz de mimetizar aspectos chaves da doença humana, apresentando como limitação a ausência de lesões plexiformes, manifestações típicas da HAP humana grave. Objetivo: Avaliar a gravidade da arteriopatia pulmonar induzida por MCT através dos achados anatomopatológicos pulmonares e cardíacos, evolução clínica e sobrevida em 37 dias. Métodos: Foram utilizados 50 ratos machos Wistar divididos em 4 grupos, sendo um controle. Os 3 grupos restantes foram submetidos à inoculação de MCT (60 mg/kg) via intraperitoneal e ficaram sob o seu efeito por 15, 30 e 37 dias. Ao final de cada período, os animais foram sacrificados, obtendo-se tecidos pulmonar e cardíaco para análise anatomopatológica e morfométrica. Resultados: Nos animais MCT, verificou-se o aparecimento gradativo de sinais de doença pulmonar, cuja evolução foi acompanhada pelos achados histológicos de arteriopatia pulmonar. Essas lesões incluem, muscularização das arteríolas, hipertrofia da camada média, lesões neointimais laminares e não-laminares concêntricas e lesões “plexiforme-like”. Os animais do grupo 37 dias apresentavam lesões angioproliferativas complexas, denominadas lesões plexiformes. Alterações parenquimatosas pulmonares, como exsudato alveolar, espessamento das paredes alveolares, edema intersticial e infiltrado leucocitário foram observadas em todos os grupos MCT. A hipertrofia do ventrículo direito (HVD) foi constatada pelo aumento da espessura e diâmetro dos cardiomiócitos e pelo aumento significativo da espessura da parede do VD. Conclusão: O modelo MCT foi capaz de gerar arteriopatia moderada-grave, com muscularização das arteríolas, formação neointimal, lesões “plexiforme-like” e lesões plexiformes associada a HVD secundária. De nosso conhecimento, esse estudo foi o primeiro a constatar a presença de lesões vasculares complexas, semelhantes às observadas em pacientes com HAP grave, em um modelo isolado de MCT.

Descritores: monocrotalina; remodelação vascular; neoíntima; hipertensão pulmonar; hipertrofia ventricular direita.

Participação em Eventos: Prêmios:
  • TOP 10 – Melhores Trabalhos XXXIX Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia e XV Congresso Brasileiro de Endoscopia Respiratória, 2018.
  • Segundo Colocado Geral I Jornada de Pesquisa Científica e V Curso de Metodologia da Pesquisa do Instituto Denton Cooley, 2018.

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