Associação entre escore de cálcio e índice de massa corporal em pacientes submetidos ao exame de angiotomografia coronariana
Guilherme Moro Keinert, Mateus Siqueira Araújo, Luiz Fernando Kubrusly (orientador).
Período de Execução:2016 – 2017
Área de Concentração:—
Categoria:Trabalho Científico de Curso
Número Protocolo de Aprovação:CAAE 61242416.1.0000.0103
Recurso Financeiro:—
Resumo/Abstract:Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no mundo, sendo a DAC a mais prevalente. Os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento de DAC são divididos em dois grupos, os modificáveis e os não modificáveis. Em pacientes assintomáticos, o escore de Framingham é o método mais utilizado para a classificação do risco CV. A obesidade é um fator de risco modificável para DAC, e aliada ao crescimento da população acima do peso, torna-se necessário a utilização de alguma medida antropométrica, como o IMC, que permita estratificar os grupos de risco. Com o surgimento da TC, tornou-se possível a obtenção do EC, que reflete um processo de inflamação crônica e formação de placa aterosclerótica na parede arterial. O presente estudo tem como objetivo avaliar a correlação entre o EC e o IMC de pacientes submetidos ao exame de angiotomografia de coronárias, analisando se o aumento do IMC está associado ao aumento de prevalência de DAC e maior risco CV. Método: Estudo retrospectivo utilizando dados contidos em prontuários eletrônicos de 2259 pacientes da Quanta Diagnóstico e Terapia, de ambos os sexos e maiores de 18 anos, que realizaram angiotomografia de coronárias. Análise utilizando software estatístico específico (STATA 14). Resultados: A idade variou de 18 a 92 anos, com uma média de 58,7 ± 12,8 anos, sendo 50,8% homens e 49,2% mulheres. Quanto ao IMC, 29,6% Normal, 45,2% Sobrepeso e 25,2% Obeso 44.3% dos pacientes apresentaram EC zero, enquanto 55,7% teve o exame alterado. Existe relação significativa entre sobrepeso e um EC não zero, com p=0,004. A obesidade está associada a uma maior chance de EC não zero, com valor de p=0,087 portanto não significativo. Conclusão: A medida do IMC mostrou-se um bom parâmetro para avaliação de DAC uma vez que pacientes com sobrepeso tiveram 36% mais chances de apresentarem um EC>100, reclassificando um paciente de risco intermediário para alto risco. Porém, nos pacientes obesos, não observou-se um aumento significativo da prevalência de EC>100, necessitando de outras medidas antropométricas para avaliar o risco CV, sendo a RCQ a mais indicada.
Descritores: Escore de cálcio, doença arterial coronariana, angiotomografia, índice de massa corporal, fatores de risco cardiovascular.
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